Sobre políticas de contratação


Mike Cannon-Brookes, co-fundador e CEO da Atlassian (empresa de software que desenvolveu o JIRA, Confluence, entre outros) possui um blog que conheci há pouco tempo, mas que achei bastante interessante: rebelutionary. Um de seus útlimos artigos - Life Is A Hire Way: 5 Tips For Startup Hiring -me chamou a atenção porque atualmente estou trocando de emprego, e pude perceber neste artigo alguns pontos que têm muito em comum com o que tenho vivido neste processo.

A primeira dica -** Recruiting Is Marketing** - acho que tem se tornado uma verdade universal. Vender uma boa imagem de sua empresa fará com que as pessoas queiram trabalhar para você. Quem por exemplo não gostaria de trabalhar numa Google,por exemplo?Ou então numa FogCreek? Confesso que depois de conhecer mais da Atlassian, passei a achar que seria um ótimo lugar para se trabalhar.

A segunda dica- Trust Your Team - para mim é fundamental. Quem melhor para avaliar um candidato senão aqueles que vão diretamente trabalhar com ele no dia a dia? Por melhor que um candidato seja, se ele não for “aprovado” pela equipe atual, ele não conseguirá render seu melhor. As relações pessoais são extremamente importantes para que uma equipe possa atingir seu máximo.

A terceira dica - You Don’t Win With Money - foi a que mais se relacionou com minha realidade. Basicamente, Mike sugere que você não irá conseguir bons profissionais oferecendo altos salários, e concordo com ele. Na minha visão, os bons profissionais não buscam apenas retorno financeiro, mas sim realização pessoal em seu trabalho. De nada adianta uma conta bancária polpuda, se seu ambiente de trabalho não for desafiante. Mas Mike alerta que um excelente ambiente de trabalho não irá manter os bons profissionais se você não remunerá-los adequadamente. E foi isto o que aconteceu comigo atualmente: o desafio intelectual de meu trabalho é excelente, realmente gosto do que faço, dos projetos que tenho levado a cabo, da minha equipe de trabalho. Mas o salário está abaixo da média de mercado. Com isto, acabei aceitando a proposta de uma empresa concorrente, que me propiciará um ambiente de trabalho tão bom, com desafios tão ou mais interessantes, e que remunera de acordo com a média de mercado. No entanto, se a minha empresa atual tivesse me feito uma proposta melhor, mesmo inferior à da concorrente, continuaria trabalhando aqui, com toda a felicidade do mundo.

As quarta dica - Make Space For Smart People é bastante interessante, mas acredito que não seja aplicável a maior parte das empresas, pois requer uma realidade de disponibilidade de recursos que pouscas vivem.

A quinta dica - Know When To Fold’em - trata de alguns pontos subjetivos que auxiliam na decisão de contratar alguém, que está muito relacionado com a avaliação que se faz da personalidade do candidato. Seu novo funcionário tem que agregar valor não somente tecnicamente, mas ele tem que se mostrar apaixonado pelo que faz, tem que ser interessante, de fácil trato com as pessoas … estes valores afetam o relacionamento com os demais, que como já citado anteriormente, são de extrema importância.

Por fim, Mike ainda nos dá uma dica bônus - No Keyword Hiring. Para o mundo da tecnologia, o mais importante não é uma pessoa que domine as tecnologias A, B e C, mas sim que tenha capacidade de aprender novas tecnologias facilmente. Afinal de contas, como já é jargão, o mundo da tecnologia se transforma muito rapidamente, e é muito melhor contar com profissionais que se adaptam facilmente, do que com dinossauros que só conseguem trabalhar com uma coisa só.

Nota: este post é só um comentário sobre o artigo de Mike Cannon-Brookes, Life Is A Hire Way: 5 Tips For Startup Hiring. Recomendo a leitura de seu artigo.

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