Por Ricardo Capitanio
Estava eu com o pequeno problema de montar a infraestrutura necessária para acessar um repositório **SVN **por HTTPS. Traduzindo em miúdos: precisava configurar um “Virtual Host” com **SSL **no Apache. Não pretendo virar especialista em Linux, nem em Apache e muito menos em SSL. Apenas tentei fazer o óbvio em tempos de Internet: achar um tutorial para isso. E tutoriais não faltam.
Só que no meio do caminho tinha uma pedra: eu estava utilizando o Kubuntu 7. Nos n+1 tutoriais que encontrei falavam de um tal de script apache2-ssl-certificate _ para a geração do certificado, inclusive os Howtos do “Ubuntu Forums”. _Procurei como de costume no /usr/sbin, mas o dito cujo não estava lá. Instalei novamente o pacote _apache2.2-commons, _mas ele teimou em não aparecer.
Foi quando novamente recorri ao Google e encontrei a seguinte thread, que discute justamente o problema descrito:
Bug #77675: apache2-ssl-certificate is nowhere to be found once apache2 is installed as of feisty.
Como em qualquer trhead relacionada à software livre, o leitor encontrará lá uma emocionante discussão, em que várias soluções paliativas são sugeridas. Lá pelas tantas, um post de um tal de Soren Hansen (um dos colaboradores do Ubuntu) termina com a discussão:
I’m rejecting this bug, as the ssl-cert package provides make-ssl-cert and also usr/share/ssl-cert/ssleay.cnf. If you feel that this is not sufficient, feel free to reopen this bug.
Muito bem! É um típico exemplo em que por algum motivo não se pensa no usuário. A retirada do script deve ter algum motivo técnico, talvez economizar alguns KBytes. Mas isso me custou alguns minutos a mais somente para executar uma única ridícula linha do tutorial. Com certeza, a perda de tempo não só minha mas de outros vários usuários não foi levada em consideração.
Eu nunca terei uma distribuição Linux própria, mas se esse for o seu caso, pense bem antes de remover alguns KBytes da sua. Ah… a solução que adotei? Estava naquela thread, bem aqui.
Ricardo Capitanio é Engenheiro de Computação formado pela UNICAMP, e tem um longo registro de terrorismo contra call centers, Telefônica, Claro, e agora Ubuntu